ALIMENTAÇÃO x TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA
O principal objetivo da alimentação para o tratamento da dor, é a adoção de um padrão alimentar voltado para a diminuição da inflamação, uma vez que o estado inflamatório é uma das principais característica do paciente com dor crônica.
Uma das estratégias mais utilizadas nesse tratamento, é a adoção da dieta mediterrânea, a qual prioriza um alto consumo alimentos anti-iflamatórios como frutas, vegetais, grãos, sementes, nozes, peixes, gorduras insaturadas, e a redução da ingestão de alimentos pró-inflamatórios como pães, bolos, biscoitos e outros industrializados carregados em açúcares e farinhas refinadas .
Outra característica da dieta mediterrânea, é o papel que ela desempenha na modulação da microbiota intestinal, uma vez que um intestino prejudicado, pode causar inflamação sistêmica e no sistema nervoso central, o que pode contribuir para a cronificação e amplificação da dor, tudo isso devido a estreita relação entre o sistema nervoso central e a microbiota intestinal.
Mas a atuação da nutrição, não para por aí, ela não atua apenas no comportamento alimentar do paciente, ela não se limita apenas ao que o paciente come ou deixa de comer, ela vai muito além. Uma intervensão nutricional bem feita, também atua na modulação do sono, do estresse e na suplementação de nutrientes específicos, que quando associados a uma boa alimentação, contribuem na diminuição da dor e na redução de medicamentos, melhorando significativamente a qualidade de vida do paciente.
Porém, os efeitos da intervenção nutricional não são imediatos. As modificações na dieta devem ser feitas de forma gradativa, para que o paciente consiga realmente incorporá-las na sua rotina, fazendo com que elas se torne o seu novo estilo de vida.
Bruna Longhi
Nutricionista