Exercício físico e dor crônica
Pesquisas apontam que a atividade física compõe uma parte fundamental do tratamento da dor crônica. No entanto, a atividade física acaba sendo evitada pelo simples receio de piorar as dores. O paciente se torna cada vez mais sedentário devido ao que chamamos de cinesiofobia, ou seja, o medo de executar movimentos, principalmente aos associados à dor. A não adesão a uma rotina de exercícios ou a uma vida mais ativa dificulta a melhora do quadro de dor, afastando a pessoa também da vida social e até mesmo causando dificuldades na vida profissional.
Exercícios e atividades físicas em geral, por mais difíceis que possam parecer inicialmente, precisam fazer parte do plano de tratamento para dor crônica.
A atividade física vai agir como modulador do estímulo doloroso, pois o exercício aumenta a produção de opióides endógenos, substâncias produzidas pelo próprio organismo semelhantes à morfina, levando à antinocicepção, redução na capacidade de perceber a dor. Uma rotina constante de exercício produz uma antinocicepção duradoura, melhorando a qualidade de vida, devido principalmente a sua influência positiva nos aspectos psicológicos.
A prescrição da atividade varia de acordo com as individualidades, devendo sempre respeitar o nível de tolerância de cada pessoa, para que a mesma tenha a melhor aderência possível ao programa de treinamento.
Tiago Toledo
Educador Físico