Entenda a diferença entre: Psicólogo, Psicanalista e Psiquiatra
Existem muitas dúvidas acerca do que faz um psicólogo, um psicanalista e um psiquiatra, como é realizado o processo terapêutico e quais são os resultados do trabalho realizados por esses profissionais. Ainda hoje muitos acreditam que a psicologia é para loucos. Para que respostas satisfatórias sejam oferecidas, existem alguns estereótipos acerca da profissão que devem ser esclarecidos. Esclarecendo então o caso, a grande maioria de pessoas que procuram por atendimento psicológico não apresentam casos graves de psicoses ou outras doenças mentais.
Quem geralmente procura o psicólogo clínico apresenta algum tipo de sofrimento psíquico. Todos nós sofremos, e somente nós mesmos sabemos o tamanho de nossas dores.
Existem muitos motivos para se procurar um psicólogo, depende muito do que cada um sente, de como passa por cada situação. Um exemplo simples de como isso funciona, a perda de um animal de estimação pode causar um imenso sofrimento para uns, ao passo que para outros é rapidamente superada. E o que faz essa diferenciação? Cada sujeito é único, com uma história de vida diferente, que o levará a vivenciar situações de maneiras diferentes e enfrentá-las de forma distinta.
Precisamos desmistificar o papel do psicólogo: psicólogo não te analisa apenas com um olhar, não usa uma bola de cristal dentro da clínica, não consegue saber tudo da sua vida pelo modo como você cruza os braços. Ele também não vai te falar o que é certo e o que é errado, separar o que é bom do que é mau. Um bom profissional não fará julgamentos morais, porque ele entende que os valores são diferentes para cada sujeito, e que não existe certo e errado quando se trata de sofrimento psíquico.
É importante ressaltar que existem inúmeras abordagens psicológicas, cada profissional trabalha com aquela que se identifica, possui maior domínio teórico e prático, e que lhe proporciona uma melhor visão acerca do sujeito e também da sociedade como um todo.
A abordagem psicanalista trabalha com o inconsciente que se apresenta através dos sintomas trazidos pelo paciente. É uma linha de trabalho que surgiu no séc XIX através dos estudos do médico neurologista Sigmund Freud. Através da técnica da Livre Associação de ideias ocorre o resgate dos episódios inconscientes que são as causas de sintomas e sofrimentos. Nos primeiros encontros, são realizadas algumas “entrevistas iniciais”, onde o paciente irá falar acerca dos motivos que o levaram a estar ali e, juntamente com o terapeuta, entenderá qual é o melhor caminho a seguir.
A partir daí, se inicia o processo de análise.
O processo terapêutico não é algo exato. Não há uma quantidade fixa de sessões, ou um objetivo claro e específico que será atingido no final do trajeto. Sofrimentos psíquicos sempre irão existir, o que vai mudar é a maneira como se passa por eles.
Já o psiquiatra é um profissional licenciado em medicina com especialização em transtornos mentais e pode prescrever medicamentos para auxiliar no tratamento diferentemente do psicólogo e psicanalista que não podem receitar medicamentos.
A escolha do profissional é importante no sucesso do processo terapêutico o que levará a uma melhor qualidade de vida e saúde mental.
Por Gorete Cristina